O nosso Banco central, devido guardião do valor da nossa moeda, terá uma difícil missão na condução da política monetária em suas próximas reuniões/decisões.
Antes de adentrar na dificuldade do trabalho hercúleo que precisará ser realizado, vamos entender a raiz do problema.
Acabamos de passar pelo maior evento de liquidez da história do capitalismo, dinheiro não só no Brasil como no mundo foi jogado de helicóptero para a população, devido às restrições impostas pelos governos durante a COVID-19. O resultado de tanto dinheiro fácil? Inflação!
Inflação de maneira simplificada e bem chula, é perda do poder de compra, quase que sempre, causada devido a uma demanda maior que a oferta. Os lockdowns foram altamente inflacionários, ao mesmo passo em que a demanda era estimulada artificialmente (por crédito barato e distribuição de renda) a oferta era obrigatoriamente restrita.
Em termos globais, hoje temos uma inflação somente vista na década de 70/80, mas diferentemente da primeira ocasião, hoje a economia global não tem tanto potencial de crescimento e os países desenvolvidos passam por problemas demográficos (sim em países desenvolvidos a população tem diminuído).
Aqui nas terras tupiniquins (Brasil), sempre gostamos de deixar as coisas um pouco mais complexas, além de todo caso descrito nos parágrafos acima, o novo governo, ao ganhar a eleição pediu ainda mais dinheiro para gastar (isso gera mais inflação) e tem pedido exceções de maneira discreta, porém muito perigosas de voltar a servir os amigos do rei com taxas de crédito impraticáveis em tempos de Selic de dois dígitos, o que de fato se ocorrer diminuí a eficiência do trabalho do nosso banco central.
Somado a isso, em janeiro passamos por um dos maiores (se não o maior) caso de fraude do nosso mercado, as Lojas Americanas simplesmente não pagaram 40bi em dívidas, o resultado? O mercado de crédito com receio de extrapolar os limites saudáveis de inadimplência tem tornado o acesso ao crédito mais difícil.
Hoje temos uma inflação acima da meta, a atividade econômica frágil e baixas expectativas em relação ao controle de inflação no futuro próximo devido as barbaridades propostas pelo Lula e sua trupe
Desejo boa sorte ao banco central brasileiro e aos brasileiros que aproveitem bem o CDI. Somente no Brasil uma taxa de juros de curto prazo, que proporciona mais de 7% de juros real pode, talvez, não frear a inflação por pura demagogia política.
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