O que são Fundos de Investimento?
Fundos são uma espécie de “condomínio” de investidores. Eles reúnem os recursos de diversas pessoas, para que sejam aplicados em conjunto no mercado financeiro e de capitais. Os ganhos obtidos com as aplicações são divididos entre os participantes, na proporção do valor depositado por cada um. A soma do dinheiro dos investidores forma o patrimônio do fundo, que é aplicado por uma instituição ou profissional (gestor). As decisões sobre o que fazer com os recursos devem obedecer objetivos e políticas predefinidos. Os investimentos podem ser bem-sucedidos ou não – e isso determinará a valorização ou desvalorização das cotas dos fundos.
Composição da carteira e classificação
Os fundos podem investir em ativos de muitos tipos, como ações, CDB, debêntures, moedas, derivativos e até investimentos estrangeiros. Mas existem algumas regras gerais sobre a concentração de investimentos, com o objetivo de proteger os investidores.
Uma delas diz respeito a limite de aplicação por emissor dos papéis. Os fundos podem investir no máximo 20% do patrimônio em ativos emitidos por uma mesma instituição financeira. No caso de empresas de capital aberto e outros fundos, o limite é de até 10% do patrimônio, e de 5% para os demais emissores. Não há limite para títulos públicos federais.
Cotas
O patrimônio dos fundos é dividido em cotas. Quando aplica em um fundo, um investidor, na verdade, adquire cotas deles. Se você quer investir R$ 10 mil em uma carteira que tem cotas valendo R$ 10 cada, conseguirá adquirir um total de mil cotas.
Custos: taxa de administração e de performance
Algumas taxas são cobradas dos investidores para remunerar as instituições envolvidas com o fundo – como o administrador e o gestor. Ao escolher uma carteira para investir, é necessário considerar esses valores, porque eles têm um impacto direto sobre o retorno. Afinal, os custos devem ser descontados do ganho com a valorização das cotas para que se saiba exatamente qual é a rentabilidade líquida.
Tributação e Come-cotas
Assim como em outros investimentos, as aplicações em fundos pagam impostos. São dois os principais tributos que incidem nas carteiras: Imposto de Renda e IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
O Imposto de Renda incide na rentabilidade dos fundos. Assim, se durante um ano uma carteira rendeu 10%, é sobre esse valor que as alíquotas serão aplicadas. Para efeitos de tributação, os fundos são divididos em três tipos:
• Fundos de longo prazo: papéis com vencimento em mais de 365 dias, em média
• Fundos curto prazo: papéis com vencimento em menos de 365 dias, em média
• Fundos de ações
A tributação dos fundos de curto e de longo prazo segue uma tabela regressiva, segundo a permanência do investidor na aplicação. Significa que você pagará menos Imposto de Renda caso mantenha seu dinheiro investido por mais tempo. O IR é cobrado na fonte e recolhido pelo administrador. As tabelas de alíquotas são as seguintes:
Fundos de Curto Prazo
Até 180 dias de aplicação | 22,5% |
Acima de 180 dias de aplicação | 20% |
Fundos de Longo Prazo
Até 180 dias de aplicação | 22,5% |
De 180 a 360 dias de aplicação | 20% |
De 361 a 720 dias de aplicação | 17,5% |
Acima de 720 dias de aplicação | 15% |
Tipos de fundos:
Os fundos cambiais investem acima de 80% do patrimônio em ativos que sejam relacionados a outras moedas. Os mais conhecidos são os fundos cambiais de dólar, que procuram acompanhar a cotação da moeda americana.
Os fundos de ações devem investir no mínimo 67% do patrimônio em ações negociadas em mercado de bolsa ou balcão organizado. O restante pode ser distribuído entre outros tipos de ativos. O principal fator de risco é a variação do preço dos papéis incluídos na carteira.
Nos fundos multimercado, a política de investimento pode envolver vários fatores de risco, sem o compromisso de concentração em nenhum em especial. Cabem, nesse tipo de carteira, aplicações de renda fixa, câmbio, ações e derivativos (principalmente para alavancagem).
Os fundos de renda fixa devem aplicar pelo menos 80% dos recursos em ativos de renda fixa – e, exatamente por isso, o principal fator de risco é a variação da taxa de juros ou de índices de preços.
É nos fundos de previdência privada que são aplicados os recursos dos investidores que possuem planos de previdência (também conhecidos pelas siglas PGBL e VGBL). Eles envolvem alguns benefícios tributários para estimular as pessoas a economizarem dinheiro no longo prazo, especialmente para a aposentadoria.
O fundo de investimento imobiliário reúne investidores interessados em aplicar em empreendimentos imobiliários sem ter de, necessariamente, comprar um imóvel diretamente.
Fundos Mútuos de Privatização (FMP) são fundos de investimentos em ações de empresas estatais em processo de desestatização ou capitalização cujos aportes são realizados com recursos do FGTS.
É seguro investir em fundos?
Investir em fundos é como investir em qualquer outra classe de ativos: envolve mais ou menos riscos dependendo da expectativa de retorno. Como existem fundos que aplicam os recursos dos investidores em quase todo tipo de mercado, o nível de risco varia fortemente dependendo da opção escolhida.
Do ponto de vista administrativo, os fundos têm uma vantagem: eles possuem um CNPJ próprio. Isso significa que os recursos depositados pelos investidores são mantidos em uma estrutura apartada do gestor ou do administrador. Assim, se alguma dessas instituições quebrar, o dinheiro do fundo está protegido.
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