Rentabilidade garantida? Risco zero de perda? Você talvez esteja se perguntando o que é renda fixa, afinal. A resposta está em um conceito fácil de entender: nos investimentos em renda fixa, o cálculo da remuneração é previamente definido e conhecido desde o momento da aplicação.
Os emissores de títulos de renda fixa – em outras palavras, quem toma o dinheiro emprestado – podem ser bancos, empresas e o próprio governo. O funcionamento geral dos papéis é parecido, não importa a origem. O que é importante pontuar é que renda fixa não é sinônimo de retorno garantido. Esses investimentos também estão sujeitos a riscos, tanto de crédito quanto de mercado. Em algumas situações, o valor de um papel pode variar tanto quanto uma ação.
Principais investimentos em Renda Fixa
A renda fixa é uma grande categoria de investimentos, que reúne diversos tipos diferentes de produtos. Os principais são:
1. Títulos Públicos
Quem aplica em títulos públicos empresta dinheiro para o governo fazer a máquina pública funcionar. Os títulos púbicos são considerados os investimentos mais seguros, porque são emitidos pela mesma grande entidade – o governo – que imprime o dinheiro do país.
2. CDBs
Os CDBs mais comuns são pós-fixados e oferecem como remuneração um percentual de algum índice de referência de renda fixa – normalmente, a taxa do CDI. Em alguns bancos, essa rentabilidade pode ser tão baixa quanto a da poupança (de 70% do CDI, por exemplo). Mas, para atrair investidores, alguns outros podem oferecer até mais do que 100% do CDI.
3. Debêntures
Debêntures são títulos de crédito emitidos por empresas e negociados no mercado de capitais. Eles também representam uma dívida, como os títulos públicos e os CDBs, mas com emissores diferentes do governo ou dos bancos. Normalmente, os recursos levantados pelas empresas com as debêntures servem para financiar grandes projetos, como a construção de uma nova fábrica ou um processo de expansão internacional. Por isso, elas costumam ter um vencimento mais longo que outros produtos de renda fixa. Não é raro encontrar debêntures com prazo de cinco ou até dez anos à frente. Elas também podem ter retornos prefixados, pós-fixados ou híbridos.
4. LCI e LCA
A lógica do funcionamento das letras de crédito, tanto imobiliário (LCI) quanto do agronegócio (LCA), é semelhante à dos CDBs. Elas também são emitidas por instituições financeiras, com a diferença de serem restritas àquelas com alguma atividade de crédito relacionada ao setor imobiliário ou do agronegócio. Elas também contam com a cobertura do FGC.
5. CRI e CRA
Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e do Agronegócio (CRA) são produtos financeiros um pouco mais complexos. Eles envolvem securitização, um processo que, grosso modo, transforma direitos de crédito – como as parcelas de um financiamento imobiliário ou o pagamento de aluguéis mensais – em papéis negociados no mercado financeiro.
6. Poupança
A poupança é o investimento mais tradicional do Brasil. Dezenas de milhões de pessoas têm pelo menos algum dinheiro guardado na caderneta. Nessa modalidade, as regras de funcionamento e de rentabilidade seguem diretrizes estabelecidas pelo governo. Não há taxas para aplicar na poupança, nem incidência de Imposto de Renda – os rendimentos são isentos. A remuneração oferecida aos investidores é a mesma em todas as instituições financeiras e, desde 2012, varia de acordo com o patamar em que se encontra a Selic.
É seguro investir em Renda Fixa?
Embora sejam aplicações mais previsíveis que as de renda variável, os investimentos de renda fixa não são livres de riscos. O mais evidente deles é o risco de crédito, que envolve a possibilidade de perdas causadas pela incapacidade financeira da empresa emissora – ou, em outras palavras, a chance de tomar um calote.
Todas as aplicações de renda fixa envolvem risco de crédito em algum grau, mas é possível manejá-los escolhendo, por exemplo, papéis emitidos por empresas com um rating – nota de risco de crédito atribuída por agências internacionais – elevado. Também são considerados mais seguros os títulos que possuam proteção do FGC (embora a garantia seja limitada a R$ 250 mil por investidor e por instituição financeira).
Vantagens e desvantagens de investir em renda fixa
Ficou interessado nas aplicações de renda fixa? Elas embutem algumas vantagens que podem ser importantes para alguns investidores. Entre elas está a maior previsibilidade quanto ao comportamento dos papéis e os ganhos que podem ser obtidos. Embora não sejam livres de riscos como o nome “renda fixa” sugere, essas aplicações oferecem ao investidor um horizonte mais claro sobre o que esperar.
Outra vantagem é a variedade de produtos disponíveis, cada um com uma característica bem específica, e de emissores possíveis. Assim, é possível diversificar a carteira, sem concentrar demais os investimentos em poucas opções.
Por outro lado, uma das principais desvantagens da renda fixa é que os ganhos são estáveis até demais. Há menos chances de se obter um retorno elevado rapidamente, como é comum acontecer no mercado de renda variável. Na verdade, com os juros em queda nos últimos anos, a rentabilidade dos papéis de renda fixa está ficando cada vez menos atrativa.
Há ainda um ponto adicional a considerar: embora exista uma variedade grande, alguns investimentos de renda fixa podem exigir aplicações iniciais elevadas, dificultando o acesso dos pequenos investidores.
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