O que é Renda Variável
Em linhas gerais, investimentos de renda variável são aqueles cujo retorno é imprevisível no momento do investimento. O valor varia conforme as condições do mercado – e, consequentemente, a remuneração que as aplicações oferecem segue esse mesmo princípio.
É o oposto dos investimentos de renda fixa. Nesse caso, o cálculo da remuneração é previamente definido e conhecido desde o momento da aplicação. Basta pensar no funcionamento dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto. Ao comprar um título de inflação, o investidor sabe desde o início que receberá uma taxa de juros anual mais a variação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ao longo dos anos.
Tipos de investimento em Renda Variável
Existem diversos produtos disponíveis para investir em renda variável, dos mais simples aos mais sofisticados. Cada um deles têm características próprias de risco e liquidez. A escolha do mais adequado para cada investidor depende de uma avaliação prévia criteriosa. Conheça os tipos de investimento em renda variável mais comuns no mercado:
Ações
Negociadas na bolsa de valores, as ações são a menor parcela do capital de uma empresa. Quem compra ações se torna sócio da companhia e, por isso, compartilha os lucros que ela obtém. São a maneira mais conhecida de investir em renda variável.
Há duas formas de lucrar investindo em ações. A primeira é com a distribuição de dividendos, que são uma parte do lucro que as empresas distribuem aos acionistas. Pelo menos 25% dos ganhos devem ser destinados ao pagamento de proventos.
Fundos Imobiliários (FIIs)
Um fundo imobiliário reúne investidores interessados em aplicar em conjunto no mercado imobiliário. O mais comum é que o dinheiro seja usado na construção ou na aquisição de imóveis, depois locados ou arrendados. Os ganhos dessas operações são divididos entre os participantes, na proporção em que cada um aplicou. Os FIIs podem ter as cotas negociadas no pregão da B3.
ETFs
Exchange Traded Funds é o nome completo dos ETFs, também conhecidos como “fundos de índices”. Eles são fundos que replicam a composição de índices financeiros – como o Ibovespa ou o IBrX – e têm as cotas negociadas no pregão da bolsa, como as ações. Seu objetivo é oferecer aos investidores uma alternativa para investir em carteiras praticamente idênticas às principais referências do mercado.
Opções
Uma opção representa o direito de comprar ou vender uma ação (ou um outro ativo) em uma data futura específica e por um preço preestabelecido. É como se fosse um contrato, classificado como “derivativo”, já que o preço da opção deriva do preço do ativo a que ela se refere. Trata-se de um mercado grande e muito dinâmico.
Câmbio
O investimento em câmbio envolve aplicações baseadas em moedas. Esse tipo de produto costuma ser considerado uma opção para diversificar a carteira e, principalmente, para proteger o patrimônio das oscilações da economia brasileira.
Há muitas formas de fazer isso. Existem, por exemplo, fundos cambiais, que mantêm pelo menos 80% do patrimônio investido em ativos relacionados a moedas. Seu principal fator de risco é a flutuação de preço de moedas estrangeiras ou a variação do cupom cambial (taxa de juros em dólares no Brasil).
Futuros
Esses contratos são negociados no pregão da B3. Assim como os futuros de dólar, que podem ser usados para investir em câmbio, eles são acordos de compra ou venda de ativos variados, a um preço fechado, em uma data futura. Na bolsa brasileira, existem futuros de milho, café, soja, boi gordo, Ibovespa e até S&P 500, um dos principais índices de ações do mercado americano.
É seguro investir em Renda Variável?
A bolsa de valores é o palco onde os investidores de renda variável se encontram. Mas esse é um ambiente seguro para as pessoas aplicarem seu dinheiro? Essa é a principal função da B3: organizar, manter, controlar e garantir sistemas apropriados para a realização de negócios. Para assegurar a confiabilidade, uma série de regras sobre a transparência na divulgação de informações e a segurança na compensação e liquidação dos negócios foi estabelecida.
Além da autorregulação feita pela própria B3, existe a atuação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), autarquia do governo federal responsável por regulamentar, fiscalizar, julgar e punir os agentes de mercado quando as regras não são seguidas.
Vantagens e desvantagens de investir em Renda Variável
A principal vantagem de investir em renda variável é a possibilidade de obter um retorno maior que o da renda fixa. Isso acontece quando o humor do mercado está favorável e as empresas emissoras das ações e dos outros instrumentos crescem e avançam nos seus segmentos.
A contrapartida é o risco mais alto. Na renda variável, não existe qualquer tipo de garantia de que o melhor cenário acontecerá, ao passo que, na renda fixa, as condições de remuneração são claramente estabelecidas desde o início.
É possível investir em renda variável com pouco dinheiro?
Cada instrumento de renda variável estabelece valores mínimos de investimento. Há fundos de ações, por exemplo, que permitem aplicações iniciais na faixa de R$ 500, por exemplo.
Para comprar ações diretamente na bolsa, não há propriamente um valor mínimo. Normalmente, os papéis são negociados em lotes padrões de 100. Assim, uma ação que tenha um valor unitário de R$ 10 exigirá um investimento de R$ 1.000 para comprar um lote padrão. No entanto, é possível adquirir lotes menores, por um valor inferior, no chamado mercado fracionário. As cotações por ação podem ser ligeiramente diferentes lá.
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