Muitos estudiosos teorizam que a tendência a assumir riscos desnecessários é inerente ao comportamento humano – o entretenimento e o ego seriam os principais motivadores da especulação. As pessoas tendem a recordar sucessos, não falhas. Ignorar as próprias falhas e focar no bem-sucedido é um processo que faz crescer a autoconfiança.
Estudos psicológicos comprovam que os indivíduos não agem racionalmente diante de eventos inesperados. Grande parte dos investimentos é movida por respostas emocionais a estímulos externos. Este comportamento leva os mercados a oscilar entre preços extremamente altos e extremamente baixos, em sincronia com a oscilação de humor dos investidores entre o medo e a esperança.
Não é só na política que o medo e a esperança se confrontam. No mercado financeiro, eles estão sempre no centro do ringue do imaginário dos investidores. E esta é uma luta que nunca termina. Abre-se contagem, mas o lutador sempre se levanta e a disputa recomeça. Conhecer os aspectos da psicologia dos investidores é fundamental para ser bem-sucedido nos investimentos. Somos todos seres humanos, e portanto programados para a irracionalidade em momentos críticos de nossas vidas.
As distorções causadas pelo comportamento emocional dos investidores são a razão da opção por uma filosofia de investimentos focada no valor dos ativos em detrimento de outras técnicas de investimento. A filosofia do investidor racional parte da convicção de que os mercados frequentemente precificam erradamente as ações. O fenômeno está ligado às variações de humor dos investidores, que oscilam entre euforia e depressão, esperança e medo. Estas oscilações convertem os mercados em gangorras cujos eixos são os valores justos dos ativos.
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Hoje estamos abaixo do eixo da gangorra. Amanhã estaremos acima, depois de amanhã abaixo. Assim será enquanto houver oscilações de humor de quem “faz” o mercado – nós, seres humanos. Consciente dos vícios de origem dos modelos matemáticos, o investidor foca suas análises nos fundamentos mais estáveis das empresas e em situações-limite subjetivas.
Assim como emprega modelos quantitativos como simplificadores da realidade, nunca como ferramentas principais do processo decisório. Acreditamos que este modus operandi permite identificar oportunidades e movimentos justificados pelos fundamentos. A volatilidade do mercado torna-se aliada, e não algoz da performance de longo prazo.
“Se os gênios falham (gestores do LTCM), imaginem os simples mortais (investidores comuns).”
Dizem que o próprio Scholes, depois que o fundo LTCM quebrou, apurou que o evento (aqui entendido como quantos desvios-padrão seriam necessários para a sua ocorrência) só poderia ocorrer a cada 12.000 anos. A famosa fórmula Black & Scholes, tinha limitações e restrições. Ele quebrou outro fundo em 2008.
Scholes acreditava nos modelos matemáticos que lhe davam uma falsa segurança acerca das pesadas posições que tomava e quebrou como consequência.