Sir John Marks Templeton foi um investidor, banqueiro, gerente de fundos e filantropo britânico nascido nos Estados Unidos. Em 1954, ele entrou no mercado de fundos mútuos e criou o Templeton Growth Fund, que teve um crescimento médio de mais de 15% ao ano por 38 anos.
1. Seja um investidor, não um especulador:
Ficar imune à especulação pode ser um grande desafio, especialmente para quem está começando. Mas é preciso resistir! John Templeton alerta:
O mercado de ações não é um cassino, mas se você ficar comprando e vendendo ações toda vez que a bolsa sobe ou cai um pouco, se apenas operar opções ou mercado futuro, vai criar seu próprio cassino.
2. Compre na baixa:
Parece (e é) óbvio, mas entenda que não é assim que o mercado funciona. Muitos investidores saem às compras quando os preços estão altos. Na maioria das vezes, as notícias de que é um bom momento para investir fazem preço e deixa de ser um bom momento. Os preços estão baixos quando a demanda é baixa e o pessimismo toma conta. Quando quase todo mundo é pessimista ao mesmo tempo, o mercado entra em colapso. É da natureza humana a dificuldade de ir contra a multidão. Comprar quando todos estão vendendo pode, sim, dar calafrios. Muitos só se sentem confortáveis em investir após verem análises de experts apontando que agora é a hora.
3. Quando for comprar, procure por barganhas entre ações de qualidade:
John Templeton sintetizou, de forma simples e brilhante, o que você precisa considerar para afirmar que uma ação é de qualidade. Uma empresa de qualidade é uma líder de vendas dentro de um segmento em expansão. É uma empresa líder em tecnologia em uma área que depende de inovação tecnológica. É uma empresa que tem uma liderança incontestável cujo histórico fala por si só. É uma empresa bem capitalizada que está entre as líderes em um novo mercado. É uma marca popular com elevadas margens de lucro.
4. Compre valor, não tendências de mercado ou previsões econômicas:
O mercado de ações e a economia nem sempre andam juntos. A economia não precisa estar em recessão para a bolsa viver uma tendência de baixa, assim como um relatório anual com números ruins não necessariamente causa uma queda simultânea no preço das ações de uma empresa. Daí a importância de basear suas decisões de investimento em fundamentos e ter paciência ao investir. No longo prazo, o valor é imbatível.
5. Aprenda com seus erros:
O único jeito de evitar erros é não investir. O problema é que não investir é o maior erro de todos, segundo John Templeton. Se você ainda não errou, cedo ou tarde isso vai acontecer, mas perdoe-se por isso. Não se sinta desencorajado e jamais tente recuperar suas perdas correndo riscos maiores. Aprenda com o seu erro. Procure entender o que exatamente deu errado e como você pode evitar o mesmo erro no futuro. Há uma frase de John Templeton que gosto muito para explicar esse conceito:
“A grande diferença entre aqueles que alcançam o sucesso daqueles que não alcançam é que pessoas de sucesso aprendem com o seus próprios erros e, também, com os erros dos outros.”
6. Um investidor que tem todas as respostas não entende todas as perguntas:
Uma abordagem arrogante para investir, cedo ou tarde, leva o investidor ao desapontamento. Ou pior, ao desastre completo. Mesmo se você conseguir desenvolver uma estratégia de investimento que funcionou diversas vezes não pode se prender a ela para sempre. Humildade é a palavra. O investidor inteligente reconhece que sucesso é o processo de procurar respostas para novos questionamentos continuamente.
7. Não existe almoço grátis:
Essa regra cobre uma série de recomendações, mas vamos focar em duas que consideramos essenciais:
1. Nunca invista baseado em um sentimento: a primeira empresa que você trabalhou, a marca do seu primeiro carro, a companhia que patrocina seu programa de tv favorito podem, sim, ser boas organizações. Mas isso não necessariamente as credenciam a serem ótimos investimentos. Uma boa solução para evitar cair nessas armadilhas é se lembrar dos tópicos que do item 3. O bom investidor sabe separar bem o emocional do racional. E você?
2. Nunca invista baseado apenas em uma dica: quem não gosta de dicas? Seja um restaurante recomendado por um amigo, um destino de viagem ou a marca do sabão em pó. O mesmo, infelizmente, acontece com investimentos. As dicas facilitam nosso trabalho de pesquisar e encontrar soluções, mas você não pode jamais basear sua decisão de investimento em uma simples dica. Eu sei que você sabe disso, mas quando se trata de controlar as armadilhas criadas pelo nosso cérebro nunca é demais lembrar.